Rubens Amaral
  

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Postado em 03/04/2014

Seu cérebro precisa de ginástica

Por Rubens Amaral

A neuróbica foi descoberta por Lawrence Katz e Manning Rubin. Em seu livro, “Mantenha Seu Cérebro Ativo”, Katz apresenta a neuróbica, numa alusão deliberada aos exercícios físicos que trabalham grupos musculares diferentes ao mesmo tempo. Afinal, a ideia aqui é reforçar as conexões entre as diferentes áreas do cérebro.

A neuróbica tem como base uma série de descobertas sobre o cérebro que podem ser resumidas em três palavras: "use-o ou perca-o". Quanto mais ativas as diferentes áreas do cérebro e suas conexões, mais fortes e saudáveis - literalmente - elas ficam. Aliás, o declínio das funções mentais com a idade não parece resultar da morte de células nervosas, mas sim da redução do número de conexões entre elas.

Os objetivos das atividades da neuróbica são evitar esse declínio, ajudando o praticante a manter um nível permanente de capacidade, força e flexibilidade mental, apesar do passar dos anos. Como funciona? Nada de exercícios de quebra-cabeças ou fazer testes. Os exercícios usam os cinco sentidos para estimular a tendência natural do cérebro de formar associações entre diferentes tipos de informações.

A proposta é simples: mudar o comportamento, introduzindo o inesperado para quebrar a rotina mobilizando todos os seus sentidos ao longo do dia. Por exemplo, um exercício de neuróbica é escovar os dentes com a mão esquerda, se você é destro, para exercitar a metade direita do cérebro que controla a mão esquerda, normalmente não usada para essas coisas. Outros exemplos são: trocar garfo e faca de mão durante as refeições, mudar a mão que segura o mouse do computador, vestir-se com os olhos fechados, forçando a utilização do sentido do tato, sentar-se em outra cadeira para as refeições, fazer novas combinações de comida, alterar o caminho para o trabalho, dormir do outro lado da cama, enfim, você deve dar margem à sua criatividade, que também é um exercício de neuróbica, e, descobrir novos desafios.

As atividades sociais também entram no programa, como, por exemplo, comparecer a encontros e reuniões que normalmente você não iria. Parar para conversar com o jornaleiro, o padeiro. Interessar-se pelos seus assuntos, tudo isso conta como exercício neuróbico. A ideia é que novas interações com pessoas desconhecidas seriam um gatilho para novas reações emocionais, além de quebrarem a rotina.

Quebrar a rotina, aliás, é uma das sugestões mais importantes do livro. É sabido que problemas novos colocam para funcionar muito mais neurônios no córtex do que outros que podem ser resolvidos "sem pensar", no modo "automático". Por isso, a rotina proporciona pouco exercício ao cérebro.

Baseada em descobertas científicas a neuróbica é um programa de exercícios que os cientistas defendem, pois se sabe que o cérebro é muito plástico e quanto mais usado e exercitado mais ágil se revela.

Para aumentar a capacidade neural acredita-se que quanto mais o uso do cérebro tanto no ato de pensar como também no ato de se exercitar, conduzindo uma integração fisio-psíquica harmônica e equilibrada, podemos rejuvenescer emocionalmente e fisicamente.
Em 2004, o Instituto da Inteligência lançou a neuróbica em Portugal. Dois cursos foram realizados: um de formação de Monitores de Neuróbica e outro de Instrutores de Neurofitness (ginástica mental).

Portanto, mãos à obra. Chega de preguiça mental. Você não precisa entrar em nenhuma academia para se exercitar mentalmente. Existem muitas coisas no seu cotidiano que podem e devem ser modificados, melhorando sua capacidade cerebral e aumentando sua interatividade social.

Se você quer viver mais e melhor, nunca se esqueça de estar fazendo algo novo. Quem pratica o novo fica mais novo.

Tenha desafios diários, nunca se afaste deles, pelo contrário, dê graças a Deus por eles estarem presentes. Só assim você pode progredir.

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Tags: Neuróbica, Cérebro, Exercícios,

Categoria: Comportamento, Esportes, Medicina, Sedentarismo,

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